O PT (Partido dos Trabalhadores) voltou atrás da decisão de apenas rever a reforma trabalhista e se comprometeu em revogar a medida implantada durante o governo de Michel Temer. Caso o ex-presidente Lula vença as eleições, a ideia estará no plano de governo do mandatário. A informação é da colunista do GLOBO, Bela Megale.
Esse é um dos 12 pontos acordados entre o PT e o PSOL, que apoiará a candidatura de Lula à Presidência. O ex-ministro Aloizio Mercadante disse à Megale que o partido também pretende se debruçar sobre a construção de uma nova legislação trabalhista, visando fortalecer os trabalhadores e a negociação sindical.
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O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, e Guilherme Boulos, que será candidato da legenda à Câmara dos Deputados, celebraram os pontos acordados com o PT.
Outro ponto do programa de governo é a revogação do teto de gastos, também imposto na gestão de Temer. Nesta terça-feira (26), Lula criticou a medida em entrevista a jornalistas independentes.
“Nós não aceitamos a lei do teto de gastos. Essa coisa do teto de gastos, ela foi feita para garantir que os banqueiros tivessem o deles no final do ano. E nós queremos garantir que o povo terá o seu todo dia, todo mês e todo ano. Fazer política social não é gasto, fazer política social é investimento”, disse o petista, ao declarar que a saúde terá “um capítulo especial” na sua gestão.
Lula também voltou a defender uma reforma trabalhista que seja adaptada à realidade atual do mundo do trabalho. “A gente quer uma mudança na estrutura patrão e empregado em que seja levado em conta os direitos que a sociedade brasileira tem que ter”, disse.
O petista também defendeu a negociação com empresários d falou sobre a necessidade de melhorar a transferência de renda no país.
“É preciso que o povo tenha recursos. Na hora que o povo tem recursos, temos capacidade de produzir, temos tecnologia, temos agricultura familiar altamente produtiva”, declarou aos jornalistas.